Teve início na manhã desta quinta-feira, dia 05 de abril, a greve dos servidores públicos do Município de Patos. Todos os funcionários públicos, com exceção dos professores, aderiram ao movimento paredista por tempo indeterminado em votação ocorrida durante assembleia do Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Patos e Região (SINFEMP).
A deflagração da greve começou com um café da manhã na sede do SINFEMP, localizado na Praça Edivaldo Mota, Centro, e depois centenas funcionários saíram em caminhada pelas principais ruas da cidade de Patos. No decorrer da caminhada, os dirigentes sindicais entoavam palavras de ordem e os servidores acompanhavam em coro: “Servidor em greve! Dinaldinho pague o que deve! ”, “Servidor na Rua! Dinaldinho a culpa é sua! ”, “A situação é grave! A saída é greve! ”, dentre outras.
Na frente do Palácio Cloves Sátiro, sede da Prefeitura Municipal de Patos, os grevistas e apoiadores fizeram um ato público com a palavra facultada aos presentes. Utilizando carro de som, os servidores denunciaram perseguição e assédio moral nos locais de trabalho, falta de condições de exercer o atendimento devido a precariedade de material de utilizado nas escolas, unidades básicas de saúde, centro administrativo, cemitérios, garagem municipal, bem como outros locais.
Ao fazer uso da palavra, a presidente do SINFEMP, Carminha Soares, disse que o prefeito não ofereceu outra opção aos servidores além da greve, pois, nenhum ponto reivindicado pelo sindicato e os servidores foi atendido. “Não podemos aceitar que a gestão diga que não temrecursos e ao mesmo tempo seja a que mais contratou pessoal por excepcional interesse público nos últimos quatro anos. O número de contratados já ultrapassa os mil e até os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal foram excedidas. A culpa não é dos servidores efetivos, mas sim da gestão municipal que não tem compromisso com o povo de Patos e os servidores”, disse Carminha.
O vice-presidente do SINFEMP e presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, Seção Paraíba (CTB/PB), José Gonçalves, relatou que a greve é justa e que vai ser a maior dos últimos tempos, pois o prefeito vem desrespeitando os servidores e não atendeu minimamente os pontos cobrados, tais como implantação do direito as progressões horizontais e verticais, pagamento do adicional de insalubridade, reajuste salarial, isonomia salarial, condições dignas de trabalho e outros pontos apresentados durante as negociações.
As vereadoras da cidade de Patos Lucinha Peixoto (PCdoB) e Fatinha Bocão (MDB) declaram apoio a greve dos servidores. Além de servidores do município de Patos, a secretária de comunicação da CTB/PB, Alcicleide Lacerda também declarou apoio a greve e a luta dos trabalhadores de Patos e de toda a região.
A Prefeitura Municipal de Patos já moveu ação judicial para buscar a ilegalidade da greve. A gestão se apoia em gravações feitas durante as negociações ocorridas na sala de reuniões da prefeitura na qual se compromete em atender parte das reivindicações.
Jozivan Antero – Patosonline.com