Convocados de forma oficial pelo Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Patos e Região (SINFEMP), centenas de servidores do Município de Patos estiveram presentes em assembleia geral extraordinária ocorrida na manhã desta sexta-feira, dia 05, na Praça Edivaldo Mota, em frente à sede do sindicado no centro da cidade.
Na pauta das discussões para a assembleia estavam: 1º atraso de salário de todos os servidores; 2º implantação da insalubridade para auxiliares de serviços e merendeiras; 3º implantação das progressões horizontais e verticais; 4º isonomia salarial entre servidores que pertençam as mesmas categorias; 5ª entrega de Equipamento de Proteção Individual (EPI); 6º decreto 031/2018 que impede licença prêmio e férias; 7º pagamento do incentivo adicional para Agentes de Saúde e de Endemias; 8º pagamento do PMAQ aos servidores da saúde; 9º cumprimento de acordo homologado pelo Tribunal de Justiça da Paraíba (TJ/PB); 10º deliberação de greve; 11º calendário de mobilização e 12º indicação dos membros para composição de Comando de Greve.
Após as exposições da presidente do SINFEMP e do vice-presidente, Carminha Soares e José Gonçalves, respectivamente, os servidores decidiram por unanimidade a deflagração de greve a partir do dia 31 de outubro de 2018, caso os atrasos nos vencimentos continuem ocorrendo, bem como o descumprimento de acordos firmados e já garantidos em lei.
Assim que ocorreu a aprovação da grave, centenas de servidores públicos saíram em caminhada até a sede da Prefeitura Municipal de Patos. As lideranças dos funcionários públicos fizeram uso da palavra e protestaram exigindo que o prefeito interino Bonifácio Rocha (PPS) tome posições mais enérgicas para equilibrar os gastos com pessoal. A sugestão é de demissão de parte de contratados e dos cargos comissionados que ultrapassa mais de 1.300.
Uma comissão de servidores foi recebida pelo prefeito interino, pelo secretário de administração Marco Túlio e pelo Procurador do Município de Patos, Dr. Jonas Guedes. Marco Túlio disse que a reunião foi positiva e que o sindicato está no seu direito de defesa dos servidores, porém, a questão é econômica, pois o município passa por uma situação muito difícil ocasionado por queda de 28% no Fundo de Participação do Município (FPM). Marcos Túlio reconheceu que deve existir uma redução no número de contratados e comissionados.
Apenas os servidores da saúde, parte da administração e algumas secretarias receberam seus vencimentos. Os funcionários da educação devem receber até o próximo dia 10. O atraso está gerando revolta dos trabalhadores do município.
Na próxima terça-feira, dia 09, uma comissão estará na Secretaria de Administração para fazer levantamento de gastos com pessoal.
Jozivan Antero – Patonline.com
