Na grande assembleia realizada na manhã desta sexta-feira, dia 5 de outubro, os servidores municipais de Patos, filiados ao SINFEMP- Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Patos e Região deliberaram greve por tempo indeterminado caso a Prefeitura insista com o atraso de salários, como também não cumpra o acordo homologado pelo TJPB, depois dos 50 dias de greve das 68 categorias, como também o Decreto 031/2018, que prejudica os servidores no tocante as férias, licença prêmio, liberação para cursar especialização e até licença para tratar de interesses particulares.
Os servidores lotados na Secretaria de Educação ainda não receberam os seus vencimentos e os demais receberam no dia de ontem, causando revolta generalizada em todas as categorias, tendo recebido em dia apenas os aposentados e pensionistas.
O acordo homologado pelo TJPB, consta da revisão salarial, implantação das progressões horizontais e verticais, insalubridade, pagamento do incentivo aos ACS/ACE, entrega dos Equipamentos de Proteção Individual, condições dignas de trabalho, entre outras.
Diante da situação, foi colocada a proposta de fazer a greve a partir do dia 1 de novembro de 2018, caso o Prefeito Bonifácio Rocha não pague os salários até o dia 31 de outubro, onde foi aprovado por unanimidade.
Depois da assembleia os servidores saíram em caminhada até a sede da Prefeitura Municipal, onde realizaram um ato público e em seguida uma comissão composta por 15 representantes foi recebida pelo Prefeito e secretários, onde foi apresentada as demandas, tendo sido construída a proposta de constituição de uma comissão menor que se reunirá na próxima terça-feira, dia 9 de outubro, as 14:30 horas na Secretaria de Administração, onde será analisada a folha de pagamento dos ativos, aposentados, pensionistas, terceirizados, comissionados e contratados pela gestão municipal.
O Prefeito Bonifácio Rocha destacou que não tinha como pagar no dia de hoje a folha total da Educação que chega a R$ 1.761.000,00 pois tinha apenas pouco mais de R$ 700.000,00 mas daria para antecipar a folha do pessoal de apoio ( auxiliares de serviços, vigias, técnicos administrativos e merendeiras), que chega a mais de R$ 300.000,00 onde a comissão concordou em pagar logo a essas categorias. No tocante aos professores será efetivado o pagamento até o dia 10 do corrente.
Para Carminha Soares, presidente do SINFEMP, a entidade não vai aceitar atraso de salário de nenhum servidor, especialmente da educação pois os recursos do FUNDEB são suficientes para pagar a todos em dia e que esta exceção, ocorre apenas em virtude da assembleia ter deliberado por greve e a mesma só poderá começar depois de 72 horas, mas que em outubro espera que todos os salários sejam pagos até o dia 31 do corrente.
O vice-presidente do SINFEMP, José Gonçalves destacou a grandiosa manifestação realizada e reafirmou que a luta dos servidores não passa apenas por salários em dia, mas sobretudo por condições dignas de trabalho, cumprimento do acordo homologado pelo TJPB e revogação do Decreto 031/2018. “ Vamos continuar mobilizados e caso persistam os problemas graves do momento, a solução será greve”, disse o sindicalista.