Os professores de Patos decidiram na tarde desta quinta-feira, dia 25 de março continuar a greve geral por tempo indeterminado no Município de Patos, depois de deliberação da assembléia geral ocorrida no Auditório da Associação Comercial.
Em audiência realizada pela manhã na sede da Prefeitura entre o SINFEMP e a Prefeita Francisca Mota, a mesma apresentou uma proposta ridícula de 2% no salário base a partir do mês de maio de 2013, onde foi contestada pela Diretoria da entidade de imediato e em seguida reprovada pela categoria, que lotou o auditório da Associação Comercial para discutir a situação.
Para a presidente do SINFEMP- Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Patos e Região, que congrega mais de dois mil sindicalizados no município, era impossível a entidade e especialmente os professores acatarem uma proposta, se assim, pode ser chamada de proposta, pois chega ao ridículo para uma categoria que teve 156% de aumento nos últimos 8 anos e o governo federal, através do MEC reajustou em 7,97% o FUNDEB desde o dia 1° de janeiro de 2013.
Para complicar a situação em nenhum momento a Prefeita Francisca Mota falou sobre o aumento salarial para os aposentados e pensionistas de Patos, que nos últimos anos tiveram o mesmo aumento salarial concedido aos professores ativos.
A assembléia deliberou ainda reunir o Comando de Greve com representantes de todas as escolas e creches, intensificar o uso de carro de som comunicando aos pais a decisão da categoria, realizar manifestação pública na cidade, entrar com ação na justiça para garantir o aumento salarial, denunciar ao Ministério Público a real situação, entrar com ação exigindo a prestação de contas do FUNDEB de janeiro a abril de 2013, denunciar o número de contratações sem necessidade na secretaria de educação, realização de atos públicos nos bairros, esclarecendo os pais de alunos, realização de aulas públicas no centro da cidade, dentre outras iniciativas.
Carminha destacou que o aumento do salário mínimo foi de 9% desde o mês de janeiro e com essa proposta absurda de 2%, praticamente permanecem congelados os salários dos professores de Patos. “Para se ter uma idéia um professor que tem licenciatura e que está iniciando no município ganha hoje, R$ 1.081,73 passará a ganhar R$ 1.103,37, com um “aumento” de R$ 21,64 o que não tem nenhuma justificativa para isso, pois até os salário mínimo a diferença foi de R$ R$ 56,00.
O SINFEMP conclama toda a categoria e ao mesmo tempo pede a compreensão dos pais de alunos, pois os professores não podem trabalhar sem as mínimas condições salariais e de trabalho.
Ao mesmo tempo estão abertas as negociações com a prefeita Francisca Mota, desde que sejam respeitados os direitos dos professores e demais servidores municipais.