Em assembleia realizada na tarde da última quinta-feira, dia 3 de outubro de 2013, em Cacimba de Areia com os professores, pais de alunos, vereadores e a presença do sindicato, foi deliberado que será acionado o Ministério Público para tentar resolver a situação dos professores municipais que estão em greve desde o dia 11 de setembro, em virtude do não atendimento das reivindicações por parte do prefeito municipal de Cacimba de Areia, o Nico.
Os pais de alunos se juntaram aos professores, como também pediram apoio dos vereadores para resolverem o impasse, pois os seus filhos estão sendo prejudicados e no entanto, o prefeito Nico apresentou uma proposta, assinada pelo secretário de educação, de congelamento de salários dos mesmos, o que revoltou ainda mais a categoria e todos os presentes.
De acordo com a proposta apresentada, que já tinha sido rejeitada pela categoria, constam 3 cargas horárias de 25, 30 e 40 horas semanais, descumprindo a isonomia salarial, pois 20 professores recebem docência e outros 20 não recebem nada, além de afirmar que a docência só será paga aos professores que entrarem na justiça. “A docência atualmente existente proveniente de planos anteriores só será paga aos professores que tiveram adquirido através de sentença judicial transitada e julga”. No tocante ao congelamento a proposta afirma: “Todos os professores que estão em desvio de função permanecerão somente seu vencimento atual e congelado até que ingressem na regência de sala”.
Para o vice-presidente do SINFEMP, José Gonçalves, ao invés do prefeito congelar o salário dos professores que realmente trabalham no município e ganha apenas R$ 900 reais devia congelar o seu salário de 9 mil reais.
Para o sindicalista, o prefeito já entrou com ação pedindo a ilegalidade da greve, que foi apreciada pela justiça, mas não foi concedida a liminar e o prefeito apelou para os pais de alunos, de que os filhos poderiam perder o Bolsa Família devido a greve sendo rechaçado imediatamente pelo dirigente sindical.
De acordo com Gonçalves para atender as reivindicações da categoria o impacto na folha será de apenas R$ 2.500,00 e a Prefeitura gasta mais de 93 mil reais apenas com contratados e comissionados, conforme dados do SAGRES do mês de julho de 2013.
Para a presidente do SINFEMP, Carminha Soares, quem não quer resolver nada é o prefeito, pois o sindicato, os professores querem uma solução imediata para a situação e diante disso, foi constituída uma comissão com a participação de professores, pais de alunos que estão em peso apoiando a greve, vereadores, que irão denunciar o gestor no Ministério Público para resolver o problema. O SINFEMP irá solicitar que o Ministério Público convoque os membros do Conselho Tutelar no Município.
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