A faixa na frente da caminhada da enfermagem mandou o recado: “STF: Tire as mãos do piso da enfermagem!”. Foi assim que na manhã desta quinta-feira, dia 29 de junho, dezenas de profissionais da enfermagem caminharam pelas ruas da cidade de Patos e deram início a greve da categoria na região.
A concentração para a caminhada teve início na sede do Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Patos e Região (SINFEMP), localizado na Rua 18 do Forte. Após o café da manhã oferecido pelo sindicato e apontamentos das lideranças, a categoria começou a caminhada por volta das 09h00 e chamou a atenção da sociedade patoense.
Desde o início da luta pela Lei do Piso da Enfermagem, o SINFEMP tem se posicionado ao lado da categoria que tem centenas de profissionais em Patos e região. Para Carminha Soares, presidente do sindicato, a luta deve continuar até que seja respeitada a lei e todos os trabalhadores e trabalhadoras que tem o seu direito seja respeitado, recebendo o que lhe é de direito nos contracheques.
A enfermeira Maryama Naara, representante do Conselho Regional de Enfermagem da Paraíba (COREN PB), disse que a categoria está cansada de esperar uma atitude daqueles que deveriam proteger o direito conquistado. Maryama se refere ao embate jurídico envolvendo uma ação impetrada no Supremo Tribunal Federal (STF). “Estamos parando para receber dignidade salarial e dignidade trabalhista…nestas próximas 48 horas estamos em greve…”, destacou a enfermeira.
O vereador sindicalista José Gonçalves, diretor do SINFEMP e representante da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil na Paraíba (CTB/PB), criticou a ação no STF e a judicialização de uma conquista clara dos profissionais da enfermagem. José Gonçalves também questionou a posição duvidosa do apoio da Ministra da Saúde ao piso da enfermagem. Para ele, o Governo Federal deve apresentar uma solução para o impasse jurídico criado.
A partir desta quinta-feira, as Unidades Básicas de Saúde, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e demais locais onde atuam a categoria da enfermagem devem funcionar com restrições diante da deflagração da greve da categoria.
Jozivan Antero – Polêmica Patos