A Prefeitura Municipal de Junco do Seridó, fez mudança no horário de trabalho dos servidores e os que estavam trabalhando as 6 horas corridas, no caso, lotados na Secretaria Municipal de Educação, passaram a trabalhar às 8 horas, a gestão alegando exigências do Ministério Público Estadual e do Tribunal de Contas.
A Direção do SINFEMP esteve reunida com prefeito, secretários e servidores e no entanto, o gestor não abriu mão. Inclusive, os secretários falaram por ele, dificultando a negociação.
Mas, o que a entidade não esperava era que servidores seriam impedidos de permanecerem dentro das escolas,no horário de almoço, por não morar no município ou até morar na zona rural, ficando impossível, dentro de duas horas, ir em casa no sítio para almoçar ou num outro município vizinho, no caso, Santa Luzia.
A servidora efetiva, Dona Inacinha ( Inácia Maria da Silva Gomes), merendeira da Escola Municipal Santo Onofre em Junco do Seridó, que trabalha das 6 às 11 e das 12:00 às 15: 00 horas, está sendo impedida de ficar dentro da escola por parte da Secretaria de Educação do Município e no entanto, não têm como almoçar e nem repousar, durante as duas horas, além de ter virado bóia fria, de forma diferente, não tem o que comer e nem é permitido ficar na escola, mesmo fazendo alimentação.
O SINFEMP vai denunciar essa situação junto ao Ministério Público Federal do Trabalho, pois isso é trabalho analógico a escravidão. Para a presidente do SINFEMP, Carminha Soares, a entidade vai tomar as providências jurídicas cabíveis e denunciar essa triste situação contra uma mulher, idosa, com problemas de saúde, ficar debaixo de uma árvore, sem se alimentar, sem ter água sequer para beber e como se não bastasse, ficar exposta nas ruas, correndo risco de ser agredida por marginais.
Além disso, assédio moral. O que passa na cabeça de uma pessoa, nessa situação de humilhação? Indagou.
Para o sindicalista Zé Gonçalves, é uma vergonha uma coisa dessa, pois enquanto a Prefeitura, a secretaria de educação, finanças, agem assim, tem uma ruma de contratos, criação até de cooperativa para burlar a legislação, como também de comissionados, onde muitos não cumprem as 8 horas de trabalho no Município. ” O que dizer de uma situação dessa, onde uma mulher, trabalhadora, que mora no município de Santa Luzia, tendo que gastar com passagens todos os dias, as vezes pegando carona, sozinha, ser impedida até de ficar dentro da escola, onde trabalha?” Desabafou o sindicalista.