Em uma das maiores assembleias já realizadas pelo Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Patos e Região (SINFEMP), os trabalhadores de diversas categorias decidiram pela greve por tempo indeterminado no Município de Patos. A reunião aconteceu nesta quinta-feira, dia 31, na Associação Comercial e Industrial de Patos (ACIAP). Exceto os trabalhadores da educação, em especial professores, não vão paralisar os serviços.
A reunião contou também com Agentes de Trânsito que podem deliberar por greve a partir da próxima semana. Antônio Coelho, presidente do sindicato da categoria, relatou que o momento é de luta, pois a gestão da prefeita Francisca Motta (PMDB) abandonou a Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos (STtrans) ao ponto de não discutir melhorias do órgão e nem da categoria que reivindica reajuste salarial.
Logo após a assembleia, os servidores saíram em manifestação pelas ruas até a sede da Prefeitura Municipal de Patos onde entregaram a gestão o comunicado informal da decisão de greve que terá início na próxima segunda-feira, dia 04. “Vamos para a greve, pois essa é a solução que estamos sendo forçados a tomar. A prefeita Francisca Motta se apoia no argumento de crise, mas aumenta em mais de R$ 400.000,00 mensais o gasto com cargos comissionados e contratados. Isso é um absurdo!”, disse Carminha Soares, presidente do SINFEMP.
Os servidores exigem melhores condições de trabalho nos postos de serviço, reajuste salarial, fim da perseguição em alguns setores, mudanças na carga horária, dentre outros pontos. A prefeita Francisca Motta disse que não existem condições nenhuma de atender a reivindicação por reajuste salarial.
O ato também reafirmou a posição contrária ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Para José Gonçalves, vice-presidente do SINFEMP e presidente estadual da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), está cada vez mais se caracterizando um golpe institucional, pois os fundamentos para cassar o mandato da presidente não tem sustentação jurídica, mas em ato político de golpistas.