Em assembleia geral extraordinária realizada na tarde desta quinta feira dia 27 de fevereiro de 2020, no Auditório da Associação Comercial, os servidores públicos municipais de Patos, que são filiados ao SINFEMP- Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Patos e Região, decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir de zero hora do dia 6 de março de 2020.
O Prefeito Interino de Patos, Ivanes Lacerda desde o primeiro dia que assumiu a sua meta foi atacar e retirar direitos conquistados pelos servidores municipais, além de negar condições dignas de trabalho, não fornecendo o EPI Equipamento de Proteção Individual, expondo os servidores a adquirerem doenças, pois trabalham em locais insalubres.
Fez decretos suspendendo férias, pagamento de um terço, licença prêmio, licença para tratar de interesses particulares, para fazer especialização, mestrado, doutorado, prejudicando os servidores.
Na saúde são mais de 600 servidores prejudicados com a não implantação das progressões horizontais e verticais. Sem contar com a falta de EPI.
O adicional noturno que era de 25% sobre o salário base, foi reduzido a pagamento por horas e várias ações tramitam na justiça.
Os professores e demais servidores não receberam um terço de férias, gozadas no mês de janeiro do corrente. Professores ativos e aposentados não receberam os 12,84% do reajuste do piso nacional do magistério. Aposentados que ganham acima do salário mínimo, que não são professores e tem direito a 4,48% de reajuste salarial a gestão também se nega a implantar.
Transferências irregularidades de servidores de uma Secretaria para outra, infringindo os editais dos concursos e o estatuto do servidor público municipal.
Como se não bastasse, um forte assédio moral e muita perseguição política, alterando a jornada de trabalho através de decretos, que estão se sobrepondo as leis e existentes. Servidores que há 20 anos trabalham as 30 horas, sendo seis horas corridas, estão sendo obrigados a trabalharem 8 horas.
Servidores de cemitérios, praças públicas, garis que recolhem lixo urbano, restos de árvores sem EPI infringindo o que determina a lei.
Auxiliares de serviços fazendo limpeza de banheiros, tendo contato direto com feze, urina e sangue, sem ter sequer o EPI adequado.
Diante de toda essa situação e a falta de diálogo e solução por parte do prefeito interino, os servidores decidiram fazer greve como única ferramenta de luta no momento.
Para a presidente do SINFEMP Carminha Soares, a gestão de nega a negociar e atender de fato as reivindicações dos servidores.
O sindicalista José Gonçalves, afirmou que os servidores de Patos estão resistindo a uma verdadeira ditadura do gestor interino de Patos.” Essa gestão está marcada pelo ataque, a retirada de direitos, as perseguições aos servidores municipais e a melhor resposta é a luta, a greve, por tempo indeterminado”, disse Gonçalves.